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22 de junho de 2012

NAO DESPREZE A SUA CONSAGRAÇAO>>.

A palavra nazireu, vem do hebraico ‘nazir’ que significa ‘separado ou consagrado’.


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Sansão era um nazireu de Deus, o que significa dizer que ele era uma pessoa separada para Deus. Ele fora consagrado para um propósito duplo: julgar Israel e destruir os Filisteus.

A sua consagração estava assentada sobre três pilares, que preferimos chamar de voto:
. Não tocar em fruto da vide
. Não cortar o cabelo
. Não tocar em corpo morto [1]

Todo voto com Deus tem pelo menos dois aspectos – um físico, e outro espiritual.

A princípio, Sansão praticou alguns aspectos físicos do voto (não cortou o cabelo), mas desprezou o espiritual.

O ministério de Sansão foi totalmente ineficaz. Nenhum ato de patriotismo.

Nenhum livramento positivo e eficaz para a nação de Israel. Ele fora capacitado e equipado espiritualmente para essa missão. Mas usou toda a força que possuía, para a sua realização pessoal.

Ninguém é ungido para servir a si mesmo. Somos ungidos para servir à outrem. [2]

Mas Sansão não pensava assim. Visava apenas a sua gratificação pessoal. Na maioria das batalhas em que esteve envolvido, usou suas habilidades para proveito próprio. No fundo, Sansão era uma ‘dor de cabeça’ para seu povo!

Quando o "eu" não é negado, ele é necessariamente adorado.

Embora não fosse exigência do voto Nazireu para que se casasse com uma israelita, esta era uma orientação a ser seguida por todo Hebreu temente à Deus. [3] Para encontrar sua noiva, Sansão deveria olhar para cima e não para os lados ou para baixo. Literalmente Sansão começou seu declínio espiritual no dia em que DESCEU a Timna.

“Sansão desceu a Timna e viu ali uma mulher do povo filisteu.” (Juízes 14:1)

Analisemos um dos episódios:

No período do seu casamento com uma mulher Timnita, Sansão habitava em território danita. Em seu tempo livre, buscava prazer e diversão entre os Filisteus, seus inimigos. Se algum dia você quiser fugir de Deus, o diabo lhe emprestará tanto as esporas como o cavalo. [4] A caminho à Timna, encontrou-se com um leão forte, imediatamente tomado pelo Espírito de Deus, o feriu. Algum tempo depois Sansão comete outro erro: saiu do caminho, para ver o cadáver do leão. [5]

Aqui, os pilares de sua consagração começaram a ruir. O mel misturado à carniça do animal era algo imundo, e que era expressamente proibido pela Lei do Nazireado.[6]

Alguns estudiosos dizem que Nero tinha várias maneiras de matar cristãos na Roma antiga. Um das formas, era amarrar um cristão vivo, a um cadáver. O tempo se encarregaria em contaminar e matar aquele indivíduo.

Acaso não é exatamente o mesmo que acontece com todos aqueles que arriscam em envolver-se com os cadáveres deste mundo?

Quem se casar com o espírito deste mundo, achar-se-á viúvo na vindoura!

Na festa de seu casamento, Sansão propôs um enigma à trinta convidados de sua noiva. Promete-lhes vestes novas, se no-lo revelarem. Estes, não decifrando o enigma, ameaçaram à mulher e a sua família. Aflita, a noiva implora para que Sansão lhe revele o segredo. Ela então ‘trai’ Sansão, revelando o segredo aos homens. Sansão furioso, para cumprir sua palavra mata trinta filisteus, e lhes paga a ‘dívida’.

Para se vingar perde tempo em apanhar trezentas raposas – animais proibidos de serem tocados por serem imundos. Depois de tudo isto, ao invés de voltar para a sua noiva, retorna para a casa dos pais. Algum tempo depois descobre que sua noiva/esposa fora dada a um ‘amigo’.

“E a mulher de Sansão foi dada ao amigo que tinha sido o acompanhante dele no casamento.” (Juízes 14:20)

Deus separa de nós aquilo que nos separaria dEle.

Mesmo assim, com essa ‘perda’, Sansão não aprende. Tudo o que fazemos resultará na eternidade. Mais tarde, Sansão terá que colher tudo o que plantara.

A derrota e a morte de Sansão ocorreu, porque ele continuou a se relacionar com aqueles que tinha nascido para destruir. Do mesmo modo que também prostituiu a sua consagração e o propósito para o qual veio a existir. Seu fim foi um dos mais tristes da Bíblia.

Chegou o dia em que Sansão desprezou a sua consagração pela última vez. Antes, vários sinais de alerta foram enviados por Deus, para salvá-lo! A morte perde metade de suas armas quando negamos em primeiro lugar os prazeres e interesses da carne.

Os seus senhores filisteus foram tão implacáveis com ele quanto o pecado.

Primeiro lhe vazaram os olhos – a porta trilhada por ele, para o caminho para a prostituição. O grande problema de quem cai é que é mais fácil esfriar um fanático do que esquentar um defunto!

Dali, foi enviado a substituir um boi, empurrando a roda de um moinho. Sem dignidade alguma, desprovido de sua consagração, clamou por misericórdia.

Deus tem duas mãos: a mão direita de misericórdia e a esquerda de justiça!

Benjamim foi o último filho de Jacó, e um de seus filhos mais amado. A misericórdia é o Benjamim de Deus; de seus atributos, é o mais amado e o último que nasceu. Se não fora isso, tanto Sansão, quanto à nós estaríamos perdidos!

Os Filisteus tributaram à seu deus a vitória sobre Sansão. De certo modo, era verdade – o diabo era o deus deles, e fora responsável pela destruição do desleixado Sansão.

O homem que foi capacitado por Deus, fez mais em prol do Reino de Deus em sua morte do que em sua vida.

Toda pessoa precisa fazer sozinha duas coisas: crer e morrer.

A morte nivela todas as pessoas. Ricos e pobres, servos e livres, brancos e negros. A grande diferença acontece quando cremos! Aquele cuja cabeça está no céu não precisa ter medo de colocar os pés no túmulo.

Se você caro leitor cuidar de sua vida, o Senhor Deus cuidará de sua morte! Não importa onde, como ou por que você morrerá, quem já morreu nesta vida, para si mesmo e para este mundo não teme a segunda morte, que é a eterna!

Não despreze a sua consagração!